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Desde 10.03.2006
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PROGRAMAÇÃO FINACEIRA NA VIAGEM DE CRUZEIRO À VELA

 

 

Hoje iremos abordar um tema que muitos dos cruzeiristas não gostam de tratar e mantém em mistério. Trata-se dos custos para se fazer a viagem.

Em nosso livro CONVERSANDO COM O GUARDIAN, pela primeira vez em nosso Brasil, um livro sobre cruzeiro a vela abordou esta temática. E, como colocávamos à epoca, abria-se a Caixa Preta.

Neste texto iremos aprofundar o tema e como sempre com a intenção maior de levar aqueles que desejam o mesmo fazer, informações as mais precisas possíveis. 

Inicialmente se faz mister ressaltar que em função do país ou local que se encontra, o custo poderá ser maior ou menor. O que se deve ter sempre em mente é que quando em local de custo mais barato deve-se aproveitar para estabelecer uma poupança de modo que em locais mais caros, se tenham subsídios de reserva e não se passem apertos. 

Isto é básico e de forma prioritária deve ser levado a efeito, sob pena de não se ter a viagem abortada. 

Locais como as Ilhas Caribenhas, são em sua grande maioria caras. Tornaram-se locais turísticos dos paises do primeiro mundo, onde seus cidadãos inflacionam o mercado com os Euros e Dolares. Todavia há locais, como este que nos encontramos no momento, a Ilha de Margarita, no litoral Caribenho da Venezuela, onde o custo de vida é bem mais em conta.

 Assim, no Caribe de uma forma geral, pode-se encontrar locais mais baratos. O que depreendemos é que os locais turísticos tem seus custos sempre mais elevados... e isto serve para todo o mundo. 

No Pacifico Sul, os locais caros são notadamente aqueles sob o ainda jugo colonialista Francês, ou seja, a Polinésia Francesa e Nova Caledônia. Nestes a vida é muito cara, tendo-se que estar bem atento aos gastos. No Tahiti, por exemplo, uma lata de cerveja custa US$ 6.00.

Quando se demanda a locais como estes, a sugestão é de se preparar todos os gastos com bastante antecedência, evitar o uso de Marinas, e estar sempre em ancoragens. Quando se fizer as compras no mercado, procurar obter informaçôes com o povo local, pois há mercados e vendas, que praticam preços diferenciados daqueles para os turistas. Tipo: Feiras semanais, mercado mais em conta, e coisas assim.

Evitar a compra de supérfluos, procurar aproveitar o local conhecendo seus pontos de belezas naturais mais expressivas e que não são poucos. 

Há alguns locais na Polinésia Francesa, que se pode estabelecer o "Comércio Fenicio", levando coisas de um local para vendê-los em outro, como é o caso das Ilhas Marquesas com a munição de balas 22, que se troca por tudo ou se vende com lucro de 10 vezes o valor adquirido. Este fato tratamos com toda a profundidade em nosso primeiro livro, O GUARDIAN VELEJANDO O PACÍFICO.

 No arquipelago de Tuamotus, notadamente aqueles mais afastados, onde se encontram as famosas Fazendas de Perolas Negras, troca-se estas por maços de cigarro Marlboro. 

Há também o transporte interilhas, a pedido dos ilhéus, como o caso de Maupeti e Maupiha. Como este transporte não é feito de forma regular, os habitantes locais utilizam os veleiros de cruzeiro, e ofertam presentes em troca do favor. Isto depois de terem feitas as amizades com os cruzeiristas ocorre de forma frequente. Neste particular, nós brasileiros levamos algumas vantagens, pois como temos colocado nosso povo é muito bem quisto nestes paises.

Nas Ilhas Cook e adjacências, o custo de vida já baixa consideravelmente, o mesmo ocorrendo em Niue e o Reino de Tonga. Depois a sequencia Fiji, Vanuatu e as Ilhas Salomão, onde também o custo de vida é bem mais em conta. Com em Fiji que se pode estar em uma boa Marina e ainda retirar o veleiro para a pintura venenosa e outra manutenção do casco.  

 

Vale neste ponto até apor que as "Cracas" não apresentam tanto desenvolvimento. Por tal é recomendável que quando se adentre ao Pacifico, se vá com a tinta venenosa recém aplicada, pois se detém muito maior tempo de durabilidade. 

Vem a temporada de furacões no Pacífico Sul, de novembro até Março, ou seja, no verao como sempre. Assim, normalmente se demanda a Nova Zelândia, local de vida mais em conta e com um povo estraordinário. Lá pode-se estar em Marinas ou em ancoragens, o ideal é se estar na Baia das Ilhas, na Ilha Norte, no triângulo formado pelas cidades de Opua, Pahia e Russel, sobre esta nossa estada na Nova Zelândia há muito dito e aposto em nosso livro, O GUARDIAN EM AOETEAROA. 

O mesmo que ocorre na Nova Zelândia, se encontra na Austrália, notadamente na sua costa dourada, onde se tem ao subir a Grande Barreira de Corais. Um de seus mais fantásticos centros náuticos é a cidade de Mooloolaba, onde suas Marinas são excelentes e bem baratas. 

A Austrália apresenta é um local excelente. bem como a Nova Zelândia, para se equipar bem seu veleiro. 

Da Austrália, se demanda ao Sudeste Asiático, Indonésia, Singapura, Malásia, Tailandia, o Mar do Sul da China e o Estreito de Malaca, estendendo-se até O Sri Lanka,  Ilhas Maldivias, e a entrada do Mar Vermelho, o Golfo de Aden. 

Nestes locais tudo é muito barato, o paraiso para os velejadores de cruzeiro, podendo-se estar ancorados ou em Marinas. Bali, como exemplo, é um destes locais. Ainda que se trata de local turístico internacional, foge a regra e seus custos são bem baixos. 

Notadamente um dos locais onde se encontram os custos mais baixos para os velejadores de cruzeiro, é a Ilha de Langkawi, na Malásia, porto livre e realmente com excelente custos e ofertas, principalmente na área de eletrônicos para o veleiro. 

Seguindo-se vem o Mar Vermelho, que recomendamos cruzá-lo em duas temporadas, pois é um extraordinário local, que no entanto, sofre influências de fortes ventos, do Mediterrâneo, na costa da Ásia e da África. Os ventos mais fortes no caso, é o que prevalecem. A vida é muito barata, principalmente o diesel e a gasolina.

 

Ao sul do Egito encontram-se excelentes Marinas, todavia, as ancoragens em Marsas, como são chamadas as baias pequenas, é algo fantástico, tendo-se muito pescado e frutos do mar a disposição. Como no Mar Vermelho há centenas de pequenas ilhas, também se encontram outras opções de ancoragens, sempre levando-se em conta os ventos. 

Uma das características do navegar no Mar Vermelho, é que se motora em muito... porém como o custo do combustível é bem barato se esquece este fator 

O atravessar o Canal de Suez, é algo tranquilo e com custos razoáveis. O GUARDIAN com seus 43 pés, pagou em maio de 2005 US$ 240,00. Há uma certa burocracia, evidentemente, não obstante, depois  de feita se esquece e não há mais nada que incomode a não ser a "gorjeta" que não é pedida, é exigida. 

Adentra-se então ao Mar Mediterrâneo, a Europa, onde tudo é caríssimo e todo cuidado com a despesa é pouco. 

Em alguns locais não é permitido a ancoragem, como no caso da Costa do Sol da Espanha e a coisa complica, posto que as Marinas são muito caras. Neste trecho da viagem é que muitos se arrependem de não ter estado mais tempo na Ásia e no Mar Vermelho. 

O importante, e isto deve ser levado em conta com a máxima severidade, é o que apomos no início do texto, em locais baratos aproveitar para se fazer um bom reforço do Caixa, para que nos locais mais caros não se passem apertos.

 

Outro aspecto que é fundamental, é não tomar nunca como parâmetro os preços praticados no Brasil, pois quem conhece o cruzeiro volta ao mundo o sabe, que os preços praticados não são possiveis encontrá-los fora. Principalmente considerando os dois Brasils, o sul caríssimo e o nordeste barato, isto depois da Bahia. 

Infelizmente, como a grande maioria dos cruzeiristas brasileiros vão ao Caribe e retornam, passam a ter como elementos informativos os custos praticados no Caribe, o que nao representa a realidade internacional. 

Infelizmente, e por termos sempre procurado auxiliar e informar de forma real, temos obviamente sido alvo de ataques, até pessoais. Assim, temos procurado evitar, como fizemos durante os últimos meses, nos restringindo tão somente ao nosso GG que já o reduzimos para cerca de 200 participies e cada vez mais limitamos e tornamos dificel o acesso. 

Desta parte os textos das 5as feiras irão aos pouco retornando e com a maré evoluindo lentamente. 

Um forte abraço a todos...

 

 João Sombra

Agosto 2007

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