PROGRAMAÇÃO
FINACEIRA NA VIAGEM DE CRUZEIRO À VELA
Hoje iremos abordar um tema
que muitos dos cruzeiristas não
gostam de tratar e mantém em mistério. Trata-se
dos custos para se fazer a viagem.
Em nosso livro CONVERSANDO
COM O GUARDIAN, pela primeira vez em nosso Brasil, um livro sobre
cruzeiro a vela abordou esta temática. E,
como colocávamos à epoca, abria-se a Caixa
Preta.
Neste texto iremos
aprofundar o tema e como sempre com a intenção
maior de levar aqueles que desejam o mesmo
fazer, informações as mais precisas possíveis.
Inicialmente se faz mister
ressaltar que em função
do país ou local que
se encontra, o custo poderá ser maior ou menor. O que
se deve ter sempre em mente é que quando em
local de custo mais barato deve-se
aproveitar para estabelecer uma poupança de
modo que em locais mais caros, se tenham
subsídios de reserva e não
se passem apertos.
Isto é básico e de forma
prioritária deve ser levado a efeito,
sob pena de não se ter a viagem abortada.
Locais como as Ilhas
Caribenhas, são em sua grande maioria
caras. Tornaram-se locais turísticos dos
paises do primeiro mundo, onde seus cidadãos
inflacionam o mercado com os Euros e Dolares. Todavia há
locais, como este que nos encontramos no
momento, a Ilha de Margarita, no litoral Caribenho da Venezuela,
onde o custo de vida é bem mais em conta.
Assim, no Caribe de uma
forma geral, pode-se encontrar locais mais baratos. O que
depreendemos é que os locais turísticos
tem seus custos sempre mais elevados... e
isto serve para todo o mundo.
No Pacifico Sul, os locais
caros são notadamente aqueles sob o ainda
jugo colonialista Francês, ou seja, a Polinésia
Francesa e Nova Caledônia. Nestes a vida é muito cara, tendo-se que
estar bem atento aos gastos. No Tahiti, por exemplo, uma lata de
cerveja custa US$ 6.00.
Quando se demanda a locais
como estes, a sugestão é de se preparar
todos os gastos com bastante antecedência,
evitar o uso de Marinas, e estar sempre em ancoragens. Quando se
fizer as compras no mercado, procurar obter informaçôes
com o povo local, pois há mercados e
vendas, que praticam preços
diferenciados daqueles para os turistas. Tipo:
Feiras semanais, mercado mais em conta, e coisas assim.
Evitar a compra de supérfluos,
procurar aproveitar o local conhecendo seus pontos de belezas
naturais mais expressivas e que não
são poucos.
Há
alguns locais na Polinésia Francesa, que
se pode estabelecer o "Comércio Fenicio",
levando coisas de um local para vendê-los
em outro, como é o caso das Ilhas Marquesas com a munição
de balas 22, que se troca por tudo ou se
vende com lucro de 10 vezes o valor adquirido. Este fato tratamos
com toda a profundidade em nosso primeiro livro, O GUARDIAN
VELEJANDO O PACÍFICO.
No arquipelago de Tuamotus,
notadamente aqueles mais afastados, onde se encontram as famosas
Fazendas de Perolas Negras, troca-se estas por maços
de cigarro Marlboro.
Há também
o transporte interilhas, a pedido dos ilhéus, como o caso de
Maupeti e Maupiha. Como este transporte não
é feito de forma regular, os habitantes locais utilizam os
veleiros de cruzeiro, e ofertam presentes em troca do favor. Isto
depois de terem feitas as amizades com os cruzeiristas ocorre de
forma frequente. Neste particular, nós
brasileiros levamos algumas vantagens, pois como temos colocado
nosso povo é muito bem quisto nestes paises.
Nas Ilhas Cook e adjacências,
o custo de vida já baixa consideravelmente,
o mesmo ocorrendo em Niue e o Reino de
Tonga. Depois a sequencia Fiji, Vanuatu e
as Ilhas Salomão, onde também
o custo de vida é bem mais em conta. Com em Fiji que
se pode estar em uma boa Marina e ainda retirar o veleiro para a
pintura venenosa e outra manutenção do casco.
Vale neste ponto até
apor que as "Cracas" não
apresentam tanto desenvolvimento. Por tal é recomendável
que quando se adentre ao Pacifico, se vá
com a tinta venenosa recém aplicada, pois
se detém muito maior tempo de durabilidade.
Vem a temporada de furacões
no Pacífico Sul, de
novembro até Março,
ou seja, no verao como sempre. Assim, normalmente se demanda a
Nova Zelândia, local de vida mais em conta
e com um povo estraordinário. Lá pode-se
estar em Marinas ou em ancoragens, o ideal é se estar na Baia das
Ilhas, na Ilha Norte, no triângulo formado
pelas cidades de Opua, Pahia e Russel, sobre esta nossa estada na
Nova Zelândia há
muito dito e aposto em nosso livro, O GUARDIAN EM AOETEAROA.
O mesmo que
ocorre na Nova Zelândia, se encontra na
Austrália, notadamente na sua costa
dourada, onde se tem ao subir a Grande Barreira de Corais. Um de seus mais fantásticos centros
náuticos é a cidade de Mooloolaba, onde
suas Marinas são excelentes e bem baratas.
A Austrália
apresenta é um local excelente. bem como a Nova Zelândia,
para se equipar bem seu veleiro.
Da Austrália,
se demanda ao Sudeste Asiático, Indonésia,
Singapura, Malásia, Tailandia, o Mar do Sul
da China e o Estreito de Malaca, estendendo-se até
O Sri Lanka, Ilhas Maldivias, e a entrada do Mar Vermelho, o
Golfo de Aden.
Nestes locais tudo é muito
barato, o paraiso para os velejadores de cruzeiro, podendo-se
estar ancorados ou em Marinas. Bali, como exemplo, é um destes
locais. Ainda que se trata de local turístico
internacional, foge a regra e seus custos são bem baixos.
Notadamente um dos locais
onde se encontram os custos mais baixos para os velejadores de
cruzeiro, é a Ilha de Langkawi, na Malásia,
porto livre e realmente com excelente custos e ofertas,
principalmente na área de eletrônicos
para o veleiro.
Seguindo-se vem o Mar
Vermelho, que recomendamos cruzá-lo
em duas temporadas, pois é um extraordinário
local, que no entanto, sofre influências
de fortes ventos, do Mediterrâneo, na costa
da Ásia e da África. Os ventos mais fortes no caso, é o que
prevalecem. A vida é muito barata, principalmente o diesel e a
gasolina.
Ao sul do Egito encontram-se
excelentes Marinas, todavia, as ancoragens em Marsas, como são
chamadas as baias pequenas, é algo fantástico,
tendo-se muito pescado e frutos do mar a disposição. Como no Mar Vermelho há centenas de
pequenas ilhas, também se encontram outras
opções de ancoragens, sempre levando-se em
conta os ventos.
Uma das características
do navegar no Mar Vermelho, é que se motora
em muito... porém
como o custo do combustível é bem barato se esquece este fator
O atravessar o Canal de
Suez, é algo tranquilo e com custos razoáveis.
O GUARDIAN com seus 43 pés, pagou em maio
de 2005 US$ 240,00. Há uma certa
burocracia, evidentemente, não
obstante, depois de feita se esquece e não
há mais nada que incomode a não
ser a "gorjeta" que não
é pedida, é exigida.
Adentra-se então
ao Mar Mediterrâneo, a Europa, onde tudo é caríssimo e todo
cuidado com a despesa é pouco.
Em alguns locais não
é permitido a ancoragem, como no caso da Costa do Sol da Espanha e
a coisa complica, posto que as Marinas são
muito caras. Neste
trecho da viagem é que muitos se arrependem
de não ter estado mais tempo na Ásia e no Mar
Vermelho.
O importante, e isto deve ser levado em conta com a máxima
severidade, é o que apomos no início
do texto, em locais baratos aproveitar para se fazer um bom reforço
do Caixa, para que nos locais mais caros não
se passem apertos.
Outro aspecto que
é fundamental, é não tomar nunca como parâmetro
os preços praticados
no Brasil, pois quem conhece o cruzeiro volta ao mundo o sabe, que
os preços praticados não
são possiveis encontrá-los
fora. Principalmente considerando os dois
Brasils, o sul caríssimo
e o nordeste barato, isto depois da Bahia.
Infelizmente, como a grande
maioria dos cruzeiristas brasileiros vão ao
Caribe e retornam, passam a ter como elementos informativos os
custos praticados no Caribe, o que nao
representa a realidade internacional.
Infelizmente, e por termos
sempre procurado auxiliar e informar de forma real, temos
obviamente sido alvo de ataques, até
pessoais. Assim, temos procurado evitar, como fizemos durante os últimos meses, nos restringindo tão
somente ao nosso GG que já
o reduzimos para cerca de 200 participies e cada vez mais
limitamos e tornamos dificel o acesso.
Desta parte os textos das 5as feiras
irão aos pouco retornando e com a maré
evoluindo lentamente.
Um forte abraço a todos...
João Sombra
Agosto
2007 |