A AMAZÔNIA AZUL
Há alguns
dias passados, apresentamos aqui no GG, um texto em que afirmávamos
não ser da 5as feiras, todavia colocávamos ser de
exponencial seriedade. Tratava-se do pronunciamento do Senador
Cristovam Buarque sobre o problema grave e seriíssimo que se
encontra nossa Gloriosa ARMADA face ao não repasse dos recebimentos
das verbas da União, a fim de promover seu necessário aparelhamento
e a divida manutenção.
É embasado
neste texto, em referencia acima aposto, que versara este texto
desta 5ª feira.
O termo
AMAZONIA AZUL advém exatamente para enfocar o nosso mar de 200
milhas, ou seja, as águas territoriais brasileiras, um patrimônio de
inegável e fundamental importância, que cabe ao Brasil preserva-lo e
de forma contundente.
Do mesmo
modo de pensar, reforça este dito a necessidade de também fazer ver
a nos cidadãos brasileiros, a todos os níveis, principalmente
aqueles mais esclarecidos, que a AMAZONIA é um notável patrimônio
brasileiro sendo fator de fundamental importância a nível de
geometria territorial de soberania e integração preservá-lo.
Com a
expressão AMAZONIA AZUL, se enfoca e se engloba o estar atento e
sempre lutar para o manter de nossa AMAZONIA e o MAR DE 200 MILHAS.
É de
suprema importância, que se observe esta geometria territorial, a
fim de que não venhamos no futuro a encontrar problemas terríveis e
vir a perder tão notável patrimônio, face ao descaso de todos nós
verdadeiramente brasileiros.
A AMAZONIA
legal, já e desde há muito vem sendo alvo e até objeto de
especulações, por parte de alguns paises, que deva ser tratada a
nível internacional, como Patrimônio da Humanidade, e por tal deva
ser retirada do território brasileiro. O que denominamos de
neocolonialismo!!!
Infelizmente a falta de vontade política de nossos governos, e
outras mazelas que envolvem a expressão política do poder, na
conjuntura atual, não se deu ainda conta de tal serio e profundo
problema e objetivo permanente.
Nossas
Forcas Armadas tem as duras penas se esforçado no sentido maior de
manter e preservar este território de exponencial importância de
nossa integridade territorial.
O mesmo
pensar deve-se apor as nossas 200 MILHAS, nosso mar territorial,
preservá-lo é de fundamental importância também, a fim de manter
nossa integridade e Unidade Nacional. E isto é responsabilidade
direta de nossa Marinha do Brasil, em primeiro plano, e seguido de
todos os brasileiros em cujo bojo, principalmente nós, navegantes e
amantes de nosso mar estamos inseridos.
É
extremamente fundamental que encaremos este pensar e o entendamos de
forma plena para que no futuro não nos venhamos a arrepender pela
omissão e egoísmo de que não é nosso problema.
Quando
repassamos aqui no GG o pronunciamento do Senador Buarque,
solicitávamos a todos que o mesmo o fizessem em outros grupos na
Internet que pertencessem, que englobassem a náutica e correlatos.
Como de
praxe poucos o fizeram, e o que pudemos ver foram respostas e
manifestações das mais absurdas, egoístas, revoltadas e revoltantes,
e como de praxe a omissão, e vejam bem, no meio de velejadores e
cruzeiristas.
Manifestam-se como de habito, aqueles que não tem visões maiores,
que estão sempre de farol baixo ou apagados e se notabilizam por
serem sempre do contra.
Um destes
tais pobres de espírito chegou ao desplante e categoricamente
afirmar: ...Não repassaria nem um centavo a uma Marinha que não sabe
nem cuidar de um submarino que afunda no píer...
Quanta
pobreza de pensar e visão medíocre!!! Tenta com um pensar obtuso e
desprovido de bom senso impor a uma honrada instituição a macula de
um erro ou fato isolado. Ou seja, não olha nunca o macro, mas e
sempre o menor, o mínimo.
É o mesmo
que responsabilizar nossa Honrada ARMADA, pela ação obtusa e
grosseira de um Sargentão, semi-analfabeto, que posa de Xerife, ou
desmerecer nosso gloriosa Marinha por um oficial que vai participar
de uma solenidade representando a instituição à paisana.
Meus
amigos, o bom senso deve prevalecer, todos nós navegadores já vimos
e presenciamos atitudes que depõem contra, é verdade, todavia
generalizar, tomar como padrão e sair fazendo criticas destrutivas é
realmente coisa que nada tem com os homens do mar, onde o básico e
regra geral é nos auxiliarmos mutuamente, e porque quando em terra
agimos de forma diferenciada???
Não devemos
minimizar ou mesmo impor a responsabilidade a nossa MB, por fatos
isolados, provenientes de medidas equivocadas, impetradas por
Sargentoes ou um despreparado oficial, como se fora a Marinha. Isto
ocorre em todos os seguimentos da sociedade, e temos assistido ate
de forma contumaz em outra instituições. Mas são aberrações... Erros
que logo serão corrigidos.
Pensar em
termos de critica destrutiva é pequeno, é pensar de forma egoísta e
não ter idéia do objetivo permanente de nossa MB, que é também
nosso, de preservar nossas águas territoriais. E como fazê-lo sem os
devidos e necessários recursos e ainda estar a receber criticas
destrutivas e pensamentos meramente egoísticos de alguns brasileiros
e dentre eles um pequeno numero de cruzeiristas, velejadores e ditos
amantes do mar.
Meus
estimados irmãos e Almirantas, nós navegadores e cruzeiritas,
especificamente, temos a obrigação maior de cerrar fileiras ao lado
de nossa MB, para tentar reverter este quadro, que a permanecer e
crescer só trará prejuízos a nós mesmos, logo de inicio.
Apresentar
idéias, soluções, projetos e toda gama de vetores positivos que vise
o crescimento, ao aparelhamento técnico e estratégico, ao crescer de
nossa Armada, de formas diretas ou indiretas, é prioritário, pois
seremos os primeiros a gozar e sermos beneficiados. E ganharão nossa
terra, nossas águas, nossa nação, nossa Pátria. Pensamento pouco em
voga nos dias atuais, infelizmente.
Pessoalmente já apresentamos alguns projetos e idéias, que à época
mal interpretados, não receberam o tratamento adequado, mas que de
forma inexorável foi plantada a semente, e fatalmente frutificará a
seu tempo.
A GUARDA
COSTEIRA BRASILEIRA é um destes, e um outro pouco conhecido, se faz
pertinente apor a seguir, novamente, em linhas gerais.
Um dos
sérios problemas que a MB enfrenta desde há muito, é o manter
atualizadas e disponíveis em numero suficiente às publicações do DHN,
onde dentre elas estão inseridas as Cartas Náuticas, un passant,
das melhores do mundo. Todavia, o que encontramos é que algumas
destas estão esgotadas. Compor e imprimir e atualizar uma Carta
Náutica, não é uma tarefa nem fácil nem barata, e como fazê-lo
quando os recursos são escassos e ainda há outras prioridades mais
emergentes???
Somente há
uma saída, de imediato, procurar soluções alternativas viáveis a
curto prazo para atingir objetivo do momento.
Uma das
soluções que apresentamos é que a Marinha do Brasil estabelecesse
parcerias com as mais destacadas empresas nacionais estatais, como a
PETROBRAS, CAIXA ECONÔMICA FEDERAL e o BANCO DO BRASIL, estas
estatais passariam a financiar na integra e de forma total as
publicações da DHN, e em contrapartida fariam o promocional de suas
empresas, ou chamadas.
A exemplo
no pé das Cartas Náuticas teríamos a logomarca da estatal e o dizer:
Esta Carta
Náutica foi patrocinada pela PETROBRAS.
Ao navegar
e utilizar esta Carta Náutica e sua segurança lembre-se da Caixa e
seu patrimônio...
Ou seja,
chamadas promocionais deste tipo que fazem parte do promocional
destas empresas estatais que gastam fortunas em coisas muito menos
úteis. No caso especifico das Cartas Náuticas, a MB poderia ate
vendê-las por um preço muito mais baixo que os atuais praticados.
Numa base de R$10,00/Carta Náutica, já que não teria custos nenhum
em sua confecção.
Além disto
à distribuição seria levada a efeito em muito maior âmbito,
aumentando de maneira macro a oferta. Clubes e Associações náuticas,
Marinas, lojas náuticas e afins, teriam as sua disponibilidade as
Cartas Náuticas.
Podemos
imaginar que grande bem se estaria promovendo para a navegação e a
própria Marinha do Brasil.
Nas feiras
náuticas nacionais, a exemplo nossos super e famosos RIO BOAT SHOW e
SÃO PAULO BOAT SHOW, lá estariam no stand da nossa MB, junto as
estatais com seu promocional e marketing fantástico de braços dados
com nosso gloriosa Armada. Isto somente em idéias primeiras, a gama
de outros aspectos que estas parcerias alavancariam é algo
incomensurável.
Enfim, o
processo se desenvolveria em progressão cósmica, e vai-se firmando
através deste seguimento o fortalecimento de nossa MB e por derivada
nossa AMAZONIA AZUL.
Mas
continuemos neste pensamento de soluções alternativas.
Todos nós
estamos lembrados, quando o então Presidente Fernando Collor liberou
a importação de automóveis. Agredido e vilipendiado pelo setor à
época, não obstante, hoje os automóveis nacionais e suas industrias
atingiram tecnologia notável. Já não temos mais as tais carroças,
e, todavia ninguém se lembra mais do fato ao dirigirem de forma
confortável e segura seus automóveis com todos os requisitos nunca
antes pensados ou sequer imaginados em um automóvel.
Do mesmo
mister, imaginemos o liberar das taxas de importação dos produtos
náuticos, desde o parafuso de aço inox de cabeça Philips, raridade
no Brasil, até ao mega iate ou veleiro.
Obviamente
que os poucos e contáveis nos dedos estaleiros no Brasil, iriam
berrar e espernear alem de coisitas mais. A resposta seria a
mesma que o Presidente Collor deu à época;
...Façam
por merecer que seus produtos tenham competitividade no mercado,
principalmente em preço e qualidade...
Obviamente
que algumas lojas náuticas, que vendem um GPS de US$
360,00 por R$
5.000,00 iriam quebrar de forma tácita. O que seria notável e
altamente benéfico para a náutica em nosso pais, pois local de
explorador e ladrão é na cadeia, no caso destas lojas a falência
imediata.
Em um pais
como o nosso e nossa AMAZONIA AZUL, a náutica ser coisa de
milionário é dos maiores absurdos que conhecemos a nível
internacional.
É evidente
e até mesmo a mente mais obtusa e egoísta irá perceber, que com o
crescimento do numero de embarcações de forma rápida através das
importações liberadas, haverá de se construir de forma urgente
locais para se guardar estas embarcações. Aparecerão então Marinas
Iates Clubes, etc. O governo através de seu Banco Nacional de
Desenvolvimento estará alocando recursos para Estados e Municípios
construírem suas Marinas, modernas, funcionais, bem projetadas e
cobrando custos a nível de mercado.
Tal
processo terá um retorno inimaginável, alem de ser uma fonte notável
de geração de empregos diretos e indiretos, ou seja, todo nosso
complexo marítimo crescendo ativará novos investidores a níveis
nacional e internacional.
Agora
analisem dente deste mundo de crescimento, o que não traria para
nossa MB os tão sonhados e necessários recursos!!!
Certa vez,
e até de forma recente, aqui no Caribe Venezuelano, na Ilha de
Margarita, nos reunimos com outros cruzeiristas brasileiros, e
abordamos sub-repticiamente este tema. Um deles de imediato,
apresentou o pensamento negativista, aliais como sempre, temos sido
alvos ao pensarmos grande, a termos uma visão de farol alto, não nos
detendo na mediocridade, de invejas, vaidades feridas e contestações
embasadas no éter.
Como
colocamos, o tema apresentado tão somente de forma superficial, sem
os prolongamentos e tudo mais que fatalmente o envolve, o
antagonismo dito como profundo conhecedor da expressão econômica do
poder foi:
...Sombra,
não queira comparar os dois setores, automobilístico e náutico de
formas iguais...
Ou seja,
não percebeu a profundidade do tema, os desdobramentos do setor, se
deteve tão somente no aspecto comparativo, no imediatismo, no
eminente. Não se prendeu a visão macro, desenvolvimentista de
futuro, de analisar em seu bojo os efeitos de crescimento. Como se
tratava de uma roda de cerveja, similar aquelas das varandas dos
clubes náuticos que ficam todos a colocar defeitos e criticas ao
atracar de um embarcação, torcendo para que de zebra. De imediato
mudamos de canal e fomos brincar de fazer mágica para as crianças
com o paninho vermelho.
Talvez
quando este cruzeirista tiver feito a volta ao mundo, não correr
envolta dele, analisar as soluções de outros paises, estabelecer
comparações, ver paises que cabem dentro de um Estado do Rio de
Janeiro com um desenvolvimento náutico incrível, talvez ai então
pode ser que mude sua forma de pensar e veja um pouco mais longe.
Para nós,
um dos elementos que mais prejudicam o processo de crescimento de
nosso pais, é exatamente este, a falta do pudor cultural, mas se
fossemos tratar deste assunto seriam necessários mais de 10 anos em
5as feiras.
O fato
estimados amigos e Almirantas, é que cabe a cada um de nós a
responsabilidade de navegantes, em fomentar o crescimento de nossa
Armada, por conseqüência manter intacta nossas águas territoriais.
Ao invés de
criarmos óbices, de manifestações meramente criticas e minúsculas de
raciocínio, partamos para pensamentos grandes, projetos que
realmente visem ao crescer de nossa Honrada, Gloriosa e Heróica
ARMADA.
Façamos
nosso movimento a nível de Internet, na roda de amigos, nos Clubes e
Associações náuticas, de mãos dadas, independente dos Sargentoes, um
numero inexpressivo de mal oficiais, eles se irão naturalmente serão
esquecidos e os notáveis serão para sempre lembrados. O dito maior
permanecerá e sempre:
“Os homens
passam e as instituições permanecem!”
É de
suprema e fundamental importância, que nossa vontade e ação se
manifeste de forma contundente e superior, e que no amanha estejamos
em paz com nossas consciências por termos auxiliado nossa extensão
marítima, nossa extraordinária e fantástica...
AMAZÔNIA AZUL
João Sombra
Setembro de
2007
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